sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eucalipto pode virar carvão para aço


Fonte: FSP, Mercado, p. B7

Eucalipto pode virar carvão para aço
Insumo para a siderurgia é dominado pelo carvão mineral, que é importado, não renovável e mais caro que o vegetal
Empresa ArcelorMittal desenvolve clone de eucalipto capaz de suportar a pressão em grandes altos-fornos

Agnaldo Brito
Enviado especial a Martinho Campos (MG)

A ArcelorMittal Bioenergia, empresa controlada pela ArcelorMittal (maior companhia siderúrgica mundial), está a um passo de alcançar uma variedade de eucalipto capaz de ser a primeira opção renovável de carvão para uso na fabricação de aço.
Hoje, grande parte da produção de aço é dependente do carvão mineral, insumo não renovável do qual o Brasil é grande importador.
O carvão é insumo essencial na produção do aço. No alto-forno, exerce duas funções: eleva a temperatura do forno a 1.500 graus Celsius e desencadeia uma reação química. O carbono existente no carvão mineral ou vegetal se associa ao oxigênio liberado do minério de ferro em altas temperaturas.
A redução, como é chamado esse processo, purifica o ferro. O uso do carvão vegetal (portanto, renovável) no processo reduz o balanço negativo de emissões do setor siderúrgico, diminui a dependência de importações e representa queda no custo da tonelada do insumo.
A tonelada do carvão vegetal é US$ 90 mais barata que a do coque (carvão mineral).
Mas, para ter esses benefícios, o setor tinha de vencer uma limitação técnica. E é isso que a pesquisa realizada pela ArcelorMittal está perto de conseguir.
A novidade está no desenvolvimento de uma madeira muito dura, resistente a ponto de, após ser transformada em carvão, suportar o peso da mistura colocada num alto-forno. Essa coluna de "ingredientes" despejados no alto-forno exerce uma pressão sobre o carvão.
Somente o carvão mineral suporta essa pressão.
"O carvão vegetal não suporta esse peso, por isso só é usado para a produção do ferro-gusa, produzido em fornos menores. Se for usado nos grandes altos-fornos, o carvão vegetal é esmagado, o que pode vedar o forno. Isso não pode acontecer", afirma Wanderley Cunha, gerente de desenvolvimento técnico da companhia.
A nova variedade pode romper essa limitação.
O clone de eucalipto obtido a partir do cruzamento de três variedades chega perto da resistência obtida com o carvão mineral. Testes feitos com o carvão dessa árvore mostraram resistência a pressões de até 220 quilos por centímetro quadrado.
O mesmo teste feito com o coque mostrou resistência de até 250 quilos por centímetro quadrado. "Se obtivermos uma variedade que alcance essa resistência, teremos então um redutor renovável", diz Cunha. A ArcelorMittal já produz 2,3 milhões de toneladas de carvão vegetal e vai duplicar essa produção.

TRANSGENIA
Selos de manejo florestal vedam o uso de clones transgênicos em áreas certificadas, mas a ArcelorMittal avalia que não pode ignorar a tecnologia de transferência de genes na busca de variedades adequadas para a siderurgia.
Segundo Roosevelt Almado, gerente de pesquisa da ArcelorMittal, a empresa estuda a opção de desenvolver pesquisas para obtenção de clones transgênicos. "Isso poderia, por exemplo, reduzir o tempo para obtenção de um desses clones que oferecem madeira mais dura."
Hoje, todo o desenvolvimento de clones para uso comercial utiliza técnicas clássicas de melhoramento, muito mais lenta para a obtenção de variedades novas.
O jornalista Agnaldo Brito viajou a convite da ArcelorMittal Bioenergia

FSP, 30/09/2010, Mercado, p. B7

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me3009201018.htm

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Energia Limpa


O setor de energia renovável vive um momento de ebulição no Brasil, com projetos inovadores de geração e cogeração a partir de biomassa de etanol e eucalipto. O grupo de Energia e Bioenergia da TozziniFreire Advogados está atuando em alguns grandes projetos, incluindo a implantação de novos projetos de cogeração de energia a partir de biomassa de cana-de-açúcar, sistemas de irrigação de cana-de-açúcar e a construção de uma grande usina hidrelétrica. Segundo os sócios responsáveis pelo grupo, Heloisa Scaramucci e Pedro Seraphim, a presença de elementos inovadores é o que diferencia os projetos.

O mais recente dos projetos assessorados pelo escritório é o fornecimento de vapor a partir de cavaco de eucalipto pela ERB (Energias Renováveis do Brasil) por um período de 18 anos para o complexo de Aratu (BA) da Dow, que será a primeira petroquímica no Brasil a utilizar biomassa como fonte de energia. Outra novidade é a solução integrada oferecida pela ERB, que vai desde a produção da biomassa até construção, instalação e operação das centrais termelétricas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Kátia Abreu diz que reserva legal é inútil


A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), classificou a reserva legal como um "corpo estranho" na propriedade rural que afeta o lucro. Para ela, a reserva tem apenas finalidade paisagística.

A reserva legal varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade. Na Amazônia é de 80% e na Mata Atlântica, de 20%. A senadora defende a separação das unidades de produção e de conservação. "Se eu coloco um corpo estranho numa unidade de produção econômica, atrapalho essa engrenagem." Segundo ela, a preservação deve se dar em parques nacionais, estaduais e municipais. "Se eu começar a fazer unidade de produção dentro do parque, também vai ser um corpo estranho", argumenta.

A senadora veio a Cancún, que sedia a Conferência do Clima da ONU (COP-16), para lançar internacionalmente o projeto Biomas - que cria uma rede de experimentação e pesquisa nos seis biomas brasileiros. A proposta é estudar como fazer a restauração e o uso sustentável de áreas de preservação permanente (APPs), como topos de morros, encostas e margens de rios. O custo será de R$ 40 milhões em nove anos.

A senadora diz que a escolha de Cancún se deu pela importância do evento na área ambiental, apesar de a COP-16 estar mais esvaziada que a COP-15. "Queremos que os consumidores brasileiros e estrangeiros fiquem tranquilos. Estamos produzindo com sustentabilidade", disse.

O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc afirmou que o projeto da CNA tem aspectos favoráveis. Mas ele critica a posição da entidade em relação à reserva legal e sua defesa a uma anistia a quem desmatou. Ele ressalta que a presidente eleita, Dilma Rousseff, se comprometeu a vetar lei que reduza APPs e reservas legais.

Para Paulo Prado, da ONG Conservação Internacional, as reservas legais são importantes para a absorção e produção de água e para a sobrevivência das espécies. Com informações do portal Estadão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O mais colorido do arco-íris Eucalyptus


Quando pensamos em árvores e cor, nós normalmente imaginamos a árvore's folhas. Mas há uma árvore conhecida por sua casca colorida. E, ao contrário de qualquer outra árvore, a casca é composta de brilhantes cores fluorescentes, dando à árvore o nome Rainbow Eucalyptus.

Para ver primeiro o eucalipto arco-íris, você pode pensar que alguém vandalizado a árvore ou derramou tinta por toda parte. Como pode uma árvore tem tantas cores brilhantes, quase fluorescente sobre ele? Mas a casca é autêntico. O eucalipto arco-íris, também chamada de Eucalyptus deglupta, Mindanao Gum Gum e do arco-íris, é naturalmente encontrado no Hemisfério Norte. Ela cresce naturalmente em New Britain, Nova Guiné, Ceram, Sulawesi e Mindanoa. Outros crescer a árvore e cultivá-la agora ao redor do mundo para a sua madeira para celulose, que é usado em papel.

É claro que a árvore é também cultivada para fins ornamentais. A casca, que é desigual e galpões em momentos diferentes, é laranja verde, azul, roxo, amarelo e marrom, cada cores mostrando o seu processo de envelhecimento. A árvore cresce quase 100 metros de altura.

Esta eucalipto pode ser cultivada nos Estados Unidos em climas mais quentes. A Zona de Resistência para essas árvores é 9-11, 26-28 graus, mas apenas por breves períodos. A árvore impõe o calor, tem uma baixa tolerância à geada intensa ou prolongada e requer uma abundância de água. Se crescer o E. Deglupta em um recipiente NUNCA deixe secar, pois pode ser fatal - estas árvores fazem secar muito rapidamente. Para fins de paisagismo, planta eucalipto arco-íris muitos deles perto das lagoas de água doce, lagos ou canais. árvores maduras podem sobreviver em áreas mais secas, mas eles fazem o seu melhor quando têm acesso a água abundante.

O eucalipto é uma sempre-viva. Também requer a pleno sol à sombra de luz, mas é claro que prefere a pleno sol. A árvore é fácil manter fecundado e não é exigente com comida, adubação anual é suficiente. O eucalipto também é adaptável a diferentes solos, mas gosta de solos bem drenados.

O deglupta E., como o eucalipto, são na maior parte das pragas gratuitamente. Um mealybug ocasional ou pulgões podem aparecer ou mesmo uma lagarta ou abelha leafcutting, mas normalmente estas árvores podem ser cultivadas sem danos causados por pragas.

A árvore de eucalipto em suas próprias tem sido um recurso valioso à medida que cresce rápido e em muitas circunstâncias. Existem mais de 600 espécies de eucalipto. Muitas dessas árvores são boas para lenha e produção do pólo. Porque a árvore cresce tão rápido, ele pode acumular tensões e conduza a distorções, o que torna difícil para cortar madeira potencial. O eucalipto é também resistente a cupins que significa que ele doesn't tem que ser tratada, como outras madeiras podem - assim ajudar o meio ambiente. Em contrapartida, essas árvores requerem uma grande quantidade de água. Sugere-se não plantá-los perto de culturas alimentares e as plantas que também precisam de muita luz e água, como eles irão competir uns com os outros. O benefício desta árvore a ser um porco a água é que às vezes é usado para drenar os pântanos, que por sua vez reduz o risco de malária.

Eucalipto pertence à família Myrtaceae. As flores tendem a ser os grupos em inflorescências (com excepção do E.globulus que tem flores simples). Casca varia de nervuras para o bom e pode ser distintamente decídua. As folhas também são variáveis na forma e cor.

A árvore de eucalipto também é conhecido por seu óleo perfumado. O óleo pode ser usado para a limpeza e funciona como um inseticida natural.

Cada árvore de eucalipto tem o seu próprio olhar e ofertas. Quanto à Euclapytus Rainbow, é sobretudo conhecida por ser apenas bastante original.

Versão em Português: http://www.polomercantil.com.br

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

COMBATER AS CORTADEIRAS NO EUCALIPTO


A silvicultura é uma das atividades econômicas de maior expansão hoje em Mato Grosso do Sul, juntamente com a produção de cana de açúcar. E um dos maiores problemas enfrentados nas florestas plantadas de eucalipto é a formiga. Se o empreendedor de uma floresta não tiver os cuidados devidos, poderá ter graves prejuízos em sua atividade pela ação nociva das formigas.

As formigas cortadeiras, tanto as saúvas (Atta Spp.) quanto as quenquéns (Acromyrmex spp.) constituem-se nas maiores inimigas da cultura do eucalipto, conforme explica o professor José de Castro Silva em depoimento ao site Painel Florestal. Segundo ele, as formigas têm preferência pelo ataque de folhas novas e, por isso, o cuidado deverá ser redobrado na fase inicial de plantio, quando o combate deve ser feito diariamente.

O combate à formiga deve ser feito em toda a propriedade e até 50 metros, além das divisas da área plantada, explica o professor, sob pena de não serem atingidos os objetivos de eliminação da praga.

Três etapas

O Combate Inicial deve ser feito durante a fase de preparação do terreno, antes do revolvimento do solo e abertura das covas para o plantio. Logo após a limpeza do terreno, deve-se controlar todos os formigueiros, usando a isca granulada. Em caso de formigueiros maiores, deve-se usar o termonebulizador.

O Repasse é a operação que visa combater os formigueiros que não foram completamente extintos e é feita, aproximadamente 60 dias após o combate inicial e antes do plantio. Para ajudar a localização dos formigueiros, costuma-se utilizar alguns atrativos, como bagaço de laranja, folha de eucalipto, folha de mandioca, folha de laranja, espalhando-os ao longo do terreno, aos finais de tarde.

A Ronda é a operação feita em toda a área do plantio e durante toda a fase da cultura, envolvendo as fases de implantação, manutenção até o corte da floresta. Até os dois primeiros anos, conforme esclarece o professor, a vigilância deve ser rigorosa em toda a área.

O controle químico é a principal técnica utilizada no combate às formigas cortadeiras, destacando-se as iscas granuladas, pós secos e termonebulização.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reflorestamento e manejo sustentável. Em Goiás, esta árvore dá bons frutos.

Um outro setor com excelente potencial para projetos de MDL em Goiás é o de plantio, manutenção e exploração de florestas de eucaliptos para fins energéticos.
O manejo sustentável, aprovado pelos órgãos federais e estaduais de controle, constitui uma rica fonte de energia renovável, menos poluente, e que combate a devastação das florestas nativas. Tudo isso, respeitando às leis de proteção ambiental, mantendo áreas de preservação, reservas legais e com sistemática reposição de árvores cortadas.
O eucalipto, como fonte de energia primária limpa e renovável, pode auxiliar na redução do efeito estufa. Além disso, pela fotossíntese, os eucaliptos em crescimento absorvem o excesso de gás carbônico gerado pelas atividades humanas.
Na região do município de Ipameri, Goiás, a Brasil Verde Agroindústrias dedica 19,5 mil hectares ao reflorestamento. São 14 mil hectares de florestas de eucalipto de plantio próprio, 4,7 mil de reservas naturais, e o restante constituído por pastagens e infra-estrutura, com destaque para o viveiro que produz 4 milhões de mudas/ano, suficientes para formar 2 mil hectares de florestas.
Também merece destaque, pela sua importância ecológica, um projeto voltado para o desenvolvimento e aclimatação de novas variedades arbóreas e arbustivas adaptadas ao cerrado e ao manejo da vegetação nativa, em parceria com a Agência Ambiental do Estado de Goiás. Esse tipo de eucalipto, adaptado ao cerrado goiano, pode ser cortado em apenas 3 anos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

GOIÁS LIDERA DEVASTAÇÃO DO CERRADO

Segundo pesquisa do IBGE, estado já derrubou área igual à de 294 municípios como Goiânia
João Gabriel de Freitas de Rio Quente
Vítima crônica do desmatamento e com cobertura total quase que em sua metade comprometida, o bioma Cerrado, um dos mais ricos em biodiversidade do País, tem em Goiás sua maior área degradada, segundo a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2010, desenvolvida e divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Composto por mais de 20 itens, o IDS abarca pesquisas diversas referentes tanto a questões ambientais - como emissões de gases poluentes, incêndios florestais ou mesmo a área remanescente e o desmatamento do Cerrado -, assim como tópicos socio-econômicos e institucionais, referentes ao período de 2002 a 2008. No levantamento, evidencia-se um dado alarmante. E, 2008, Goiás tinha a maior área destruída de Cerrado: 214.587 quilômetros quadrados, o equivalente à area de 294 municípios do tamanho de Goiânia e que representa 65,11% de sua área no Estado. Quanto à sua cobertura vegetal original, que se estende por 12 Estados, o bioma Cerrado chega a 2008 com praticamente metade de sua área desmatada. Do total de 2.038.953 de quilômetros quadrados, restam ainda 1.052.708 quilômetros quadrados, sendo que até o ano de 2008, 48,4% do total já haviam sido destruídos, conforme dados do Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (CSR/Ibama), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Em Goiás, dos 329.595 quilômetros quadrados do Cerrado original, 214.587 quilômetros quadrados já foram ao chão.
A manutenção, até o momento, dos 34,89% de Cerrado que ainda resistem no Estado, muitas vezes se sustenta por questões eminentemente naturais, como bem explica o geólogo Péricles Prado, gerente de recursos naturais do IBGE. "A maioria das áreas hoje preservadas normalmente se encontra em regiões de solo rochoso ou mesmo voçorocas, o que não chega a ser útil para a agropecuária" alega Prado. "Infelizmente, hoje, o Cerrado que se encontrava em áreas planas, e até mesmo em regiões de preservação permanente, como nas beiras de rios, foi derrubado", afirma.
Péricles também ressalta que, mesmo com poucas áreas ainda preservadas, faltam pesquisas mais precisas para identificar áreas de Cerrado que ainda são ameaçadas pela fronteira agrícola e pecuária. Conforme também atesta Laerte Ferreira, coordenador do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG), que monitora a região Centro-Oeste com imagens de satélite, a área do Estado onde o Cerrado ainda é mais vitimado abrange as regiões no Nordeste, na divisa com a Bahia, e Sudoeste. No entanto, o ritmo do desmatamento em Goiás diminuiu entre 2002 a 2008, segundo a mesma pesquisa divulgada ontem pelo IBGE.
A explicação talvez seja justamente a ausência de áreas do bioma nativo disponíveis. "Notamos uma tendência de queda do desmatamento em Goiás nos anos mais próximos, mas isso não significa que ele se encerrou. Hoje, o desflorestamento se concentra em Mato Grosso", diz Laerte Ferreira.
De fato, conforme também atesta o IDS 2010, Mato Grosso lidera o desmatamento entre os Estados, no período de 2002 a 2008, 17.589 quilômetros quadrados desmatados, seguido de Maranhão, e Tocantins (veja quadro). Nestes seis anos, Goiás registrou o desmatamento de 9.898 quilômetros quadrados de Cerrado.
Já as Unidades da Federação que possuem maior área de Cerrado original são: Mato Grosso (17,60%), Minas Gerais (16,37%) e Goiás (16,16%).
Fonte: www.opopular.com.br/

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ESPÉCIES DE EUCALIPTO INDICADAS EM FUNÇÃO DOS USOS SOLO E DO CLIMA


• Celulose: E. alba, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. saligna, E. urophylla e E. grandis x E. urophylla (híbrido).

• Lenha e carvão: E. brassiana, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. deglupta, E. exserta, E. globulus, E. grandis, E. maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. saligna, E. tereticornis, E. tesselaris e E. urophylla.

• Serraria: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. resinifera, E. robusta, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.

• Móveis: E. camaldulensis, E. citriodora, E. deglupta, E. dunnii, E. exserta, E. grandis, E. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. saligna e E. tereticornis.

• Laminação: E. botryoides, E. dunnii, E. grandis, E. maculata, E. microcorys, E. pilularis, E. robusta, E. saligna e E. tereticornis.

• Caixotaria: E. dunnii, E. grandis, E. pilularis e E. resinifera.

• Construções: E. alba, E. botryoides, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. deglupta, E. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. robusta, E. tereticornis e E. tesselaris.

• Dormentes: E. botryoides, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. deglupta, E. exserta, E. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E. robusta e E. tereticornis.

• Postes: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. punctata, E. propinqua, E. tereticornis e E. resinifera.

• Estacas e moirões: E. citriodora, E. maculata e E. paniculata.

• Óleos essenciais: E. camaldulensis, E. citriodora, E. exserta, E. globulus, E. smithii e E. tereticornis.

• Taninos: E. camaldulensis, E. citriodora, E. maculata, E. paniculata e E. smithii.

Espécies de eucalipto indicadas em função do clima:

• Úmido e quente: E. camaldulensis, E. deglupta, E. robusta, E. tereticornis e E. urophylla.

• Úmido e frio: E. botryoides, E. deanei, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. maidenii, E.
paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. resinifera, E. robusta, E. saligna e E. viminalis.

• Subúmido úmido: E. citriodora, E. grandis, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.

• Subúmido seco: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. maculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. tereticornis e E. urophylla.

• Semiárido: E. brassiana, E. camaldulensis, E. crebra, E. exserta, E. tereticornis e E. tessalaris.

Espécies de eucalipto indicadas em função do solo:

• Argilosos: E. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. grandis, E. maculata, E. paniculata E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, e E. urophylla.

• Textura média: E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. exserta, E. grandis, E. maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.

• Arenosos: E. brassiana, E. camaldulensis, E. deanei, E. dunnii, E. grandis, E. robusta E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.

• Hidromórficos: E. robusta.

• Distróficos: E. alba, E. camaldulensis, E. grandis, E. maculata, E. paniculata, E. pyrocarpa e E. propinqua

domingo, 23 de maio de 2010

Fábrica precisará de 110 mil hectares adicionais de florestas plantadas de eucalipto


João Maria Vicente
Fábrica fará uma parada para manutenção de 10 dias em junho
A Fibria já tem estudos adiantados para a construção de uma nova fábrica de celulose em Três Lagoas. Foi o que anunciou o diretor geral de RI da empresa, André Gonçalves, em entrevista ao site celulose online, na segunda-feira (17). "Neste segundo semestre devemos dar início aos estudos ambientais nos locais das fábricas. Devemos também começar em 2011 novos plantios e para isso já estamos em conversações com fazendeiros locais. Pretendemos ter para estes novos projetos 70% de florestas próprias e 30% para parceiros", declarou André.
Estas informações foram confirmadas ontem (20) por Carlos Aguiar, presidente da empresa. Segundo ele, a companhia precisará de 110 mil hectares adicionais de florestas plantadas de eucalipto para que sua segunda unidade no município possa entrar em operação.

domingo, 9 de maio de 2010

Cultura do eucalipto ganha espaço entre pequenos agricultores

Cultura do eucalipto ganha espaço entre pequenos agricultores do Baixo Sul


Há seis anos seu Lindoelson Olegário dos Santos, 53 anos, conheceu a cultura do eucalipto ao visitar amigos no distrito de Posto da Mata (Nova Viçosa), Extremo Sul do estado. A partir daí, surgiu o interesse de pesquisar e obter mudas de árvores para o plantio em sua fazenda no município de Wenceslau Guimarães, Baixo Sul.

Da visita a Posto da Mata, seu Lindoelson trouxe na bagagem algumas sementes de eucalipto e a vontade de investir na nova cultura. Determinado, limpou a área e iniciou o plantio em sua propriedade.
Hoje, seu Lindoelson possui mais de 60 mil pés de eucalipto na fazenda Água Branca, de sua propriedade, localizada no distrito de Água Vermelha, zona rural de Wenceslau Guimarães. As mudas foram conseguidas por meio do Programa Agricultor Florestal, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). “Comecei com 200 mudas, hoje tenho uma floresta”, diz.

De crescimento rápido e retorno garantido, o eucalipto transformou seu Lindoelson em um dos maiores fornecedores da madeira para mourões de fazendas e madeireiras da região. “Quando comecei a produzir, o povo dizia que eucalipto secava a terra. Resolvi arriscar e, hoje, com o resultado tenho certeza de que isso é mito”, relembra.

“Para mim plantar eucalipto é economicamente viável. Tinha muita historia de que a terra secava, de que os passarinhos iriam acabar, e que não daria para plantar mais nada”, afirmou o agricultor que, junto com o eucalipto, cultiva cacau, banana-da-terra, além da criação de 60 mil peixes nas sete represas localizadas na sua fazenda.

Coordenado pela Sema, o Programa Agricultor Florestal apoia o desenvolvimento rural, fortalecendo a agricultura familiar e gerando trabalho e renda para os produtores rurais.

Técnicos da Sema prestam assistência técnica aos produtores, orientando sobre o plantio e manejo das sementes e mudas. “Comecei a plantar sem técnica, usava vários espaçamentos. Eles me orientaram sobre a espécie ideal para o meu terreno e ainda apresentaram outras opções de eucalipto”, destacou seu Lindoelson.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Juliano Matos, o programa modifica a cultura do agricultor familiar ao propor um ganho social e, principalmente, ambiental para a região. “A iniciativa dá dignidade ao homem do campo, propondo alternativas sustentáveis e condições de trabalho. Cerca de 80% da população de Wenceslau Guimarães vive na zona rural e sobrevive da agricultura”, disse Juliano.

Mercado e renda – Boa parte da madeira produzida por seu Lindoelson é comercializada com a Madeireira Novaes, em Wenceslau Guimarães. Há um ano e meio o proprietário Alex Novaes optou por trabalhar para atender a demanda de empresas e fábricas de estofados, camas box, portas e colchões. O comerciante repassa para as fábricas de móveis locais cerca de 80 a 100 metros cúbicos de madeira por mês. “A tendência é aumentar”, afirma Alex.

Segundo ele, trabalhar com o eucalipto tem sido gratificante. “Primeiro porque prezo pelo caminho da legalidade e pela preservação”, garante. “Aliado a isso, tem o incentivo para o pequeno agricultor investir na produção. Eu aconselho o plantio do eucalipto. E se depender de mim terá sempre mercado”, revela.

Agregar valor - Para atender e apoiar os agricultores da região, a Sema em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai disponibilizar capacitação no manuseio da madeira para os usos específicos.

De acordo com Renato Souza, presidente do Sindicato Rural de Gandu, cidade localizada no Baixo Sul, a parceria aconteceu devido aos produtores acreditarem no programa da Sema e na cultura do eucalipto. “O programa é relevante, pois educa o homem do campo e ainda abre a possibilidade para a geração de renda”, ressalta Renato, lembrando que a iniciativa tem o viés da preservação e sustentabilidade.

A próxima capacitação do programa, com data prevista para início de fevereiro, contará com palestras, seminários, dia de campo para os agricultores e visitas técnicas.
De acordo com o secretario do Meio Ambiente de Wenceslau Guimarães, Juarez Leal, o programa é responsável pela redução da degradação do meio ambiente. “Além disso, promove o desenvolvimento de forma sustentável, evitando o êxodo rural com a oferta de trabalho”, lembra.

“A expectativa é que esta parceria possa trazer mais uma alternativa de fixar o homem no campo, para que ele possa viver com dignidade e focado na sustentabilidade”, revelou Rogério Miranda, técnico da Sema.


Fonte: Ascom/SEMA


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Apicultores de dobram produção com florada de eucalipto

Apicultores de dobram produção com florada de eucalipto

Apicultores preparam abelhas para colheita do mel

Campo Grande - Nos últimos meses, os altos índices de precipitação pluviométrica tem causado prejuízos econômicos em quase todas as regiões do país. Em Mato Grosso do Sul, um setor bastante afetado negativamente foi o da apicultura. O excesso de água lava o pólen das flores, e impede a abelha de sair da colméia, estagnando a produção do mel.

“Entre agosto e dezembro do ano passado, praticamente não tivemos colheita por causa da chuva”, relembra o consultor do Sebrae/MS, Gustavo Nadeu Bijos. Segundo ele, de junho a outubro de 2009 a queda na produção foi de mais de 50%.

A situação teria sido a mesma no começo deste ano para os produtores da região do Bolsão, na parte leste do estado, se não fosse a alternativa encontrada pelos apicultores locais. Em uma parceria com a Fibria, indústria do setor de celulose e papel, os produtores encontraram na integração entre silvicultura e apicultura a possibilidade de aumentar a produção mesmo com o mal tempo.

“Desde o final do ano passado os apicultores colocaram colméias nos corredores dos hortos de eucaliptos da empresa”, relata Bijos. A área total da plantação é de aproximadamente 240 mil hectares, e oito mil hectares são destinados aos criadores de abelhas.

“O eucalipto tem uma florada muito rápida. Mesmo com uma chuvarada, se der alguns dias de sol já dá pra colher bastante”, conta Wilmar Arantes, apicultor da Associação de Apicultores de Três Lagoas (APITL) que também mantém suas colméias na área da empresa. “Se não fosse a floresta, agora a gente não estaria colhendo nada”.

Além de Arantes, outros 25 produtores das cidades de Brasilândia, Cassilândia e Três Lagoas também integram a parceria que é pioneira em Mato Grosso do Sul, mas que já vem obtendo resultados expressivos em outros estados. Em Capão Bonito, no interior de São Paulo, onde a Fibria firmou o primeiro contrato no País com associações de apicultores, a produção local passou de pouco menos de nove para 50 toneladas em três anos de atividade.

O gerente de agronegócios do Sebrae/MS, Marcus Rodrigo de Faria se surpreende com o relatório parcial da apicultura na região do Bolsão. “Estima-se que os apicultores vão colher este ano entre 35 e 40 quilos de mel por colméia só com o eucalipto. É o dobro da média nacional, de apenas 16 quilos”. O mel de eucalipto tem um tempo de colheita até duas vezes menor que o tradicional, o que aumenta a produtividade. Mas, segundo Faria, este não é o único fator que contribuiu para os bons resultados. “Os produtores estão recebendo treinamento para realizar corretamente o manejo das abelhas”.

Para o presidente da APITL, Cláudio Koch, apesar dos números promissores a colheita foi apenas mediana comparada ao potencial do eucalipto. “Ainda estamos colhendo pouco. Se não estivesse chovendo tanto, iríamos atingir facilmente 60 a 70 quilos de mel por colméia”, estima. A família de Koch está no ramo da apicultura há 20 anos, e ele relembra que a colheita não chegava a 10 quilos nos primeiros tempos. Troca periódica da rainha, substituição de cera, controle sanitário e suplementação nutricional são alguns dos cuidados que os produtores devem tomar para que os resultados sejam proveitosos.

De acordo com Gustavo Bijos, o maior destinatário de toda essa produção crescente de mel na região tem sido o estado de São Paulo, que compra o produto bruto para ser envasado no interior. Além da venda direta para o comércio local, estão sendo estudados projetos para que boa parte da produção seja regularmente adquirida pelo município para a utilização na merenda escolar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Análise de mercado do eucalipto energético em Goiás

Análise de mercado do eucalipto energético em Goiás

20/04 - 15:00
Aumento na oferta, queda no preço

O mercado começa a registrar queda em algumas regiões do Estado, essa queda segundo os próprios compradores, está acontecendo em virtude do aumento da oferta da madeira de lenha nessas regiões.

De qualquer forma mesmo com a queda do preço, muitos compradores que não estavam comprando devido ao estoque realizado para o período chuvoso, já voltaram à compra, como no caso de Anápolis, Catalão, Goiânia, Senador Canedo dentre outros.

O projeto de lei reduzindo a carga tributária da madeira de reflorestamento de 17% para 3% nas operações interna, que foi proposta pela Secretaria da Fazenda - seguindo as sugestões da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), ainda está tramitando e no momento está na Procuradoria Geral do Estado.

Vale Lembrar que esse incentivo vai além da simples desoneração tributária parcial de insumo destinado a indústria goiana, pois, ao incentivar a utilização de madeira de reflorestamento, torna a utilização desta vantajosa em relação à madeira oriunda de desmatamento, contribuindo para a preservação da vegetação original, principalmente do cerrado que predomina em Goiás.

Cotações de Madeira de Eucaliptos

(R$/metro posto na indústria)

Municípios

Fev/10

Mar/10

Anápolis

-

90,00

Bela Vista

90,00

86,00

Catalão

-

85,00

Goiânia 1

90,00

86,00

Goiânia 2

-

90,00

Hidrolândia

95,00

83,00

Inhumas

-

-

Itumbiára

78,50

78,50

Jataí

-

-

Mineiros

s/c

s/c

Mozarlandia

90,00

87,50

Morrinhos

90,00

90,00

Palmeiras

75,00

75,00

Porangatu

s/c

s/c

Rio Verde 1

77,00

77,00

Rio Verde 2

-

-

Senador Canedo

-

90,00

São Luis M. Belos

96,50

90,00

São Luis M. Belos

90,00

90,00

São Simão

88,00

88,00

Uruaçú

85,00

85,00

Mínimo

75,00

75,00

Máximo

96,50

90,00

Média

87,08

85,66


A análise de mercado do eucalipto é realizada mensalmente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).

Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes

Responsável Técnico: Marcelo Lessa

FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás

terça-feira, 13 de abril de 2010

proposta que prevê incentivos e financiamento para produtores rurais que plantarem eucalipto

O governo do estado de Goiás apresentou no Condel/FCO (Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional do Centro-Oeste) uma proposta que prevê incentivos e financiamento para produtores rurais que plantarem eucalipto, seja para fim de fornecimento de lenha ou madeira para indústrias.

O debate surgiu a partir de uma necessidade de consumo da Caramuru Alimentos, uma das maiores consumidoras de madeira do estado, e representantes da Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento) e da superintendência do Branco do Brasil em Goiás. Além da Caramuru, inúmeras empresas no estado utilizam a madeira de diversas maneiras, inclusive como lenha e carvão. Muitas delas têm reflorestamentos próprios, mas sabe-se da necessidade atual e futura de florestas energéticas. Com a aprovação da proposta do Fundo Deliberativo Constitucional, os financiamentos passam a ser direcionados aos produtores rurais e não apenas para as indústrias. Os produtores rurais devem utilizar os recursos na implantação de florestas de eucalipto em sistema de integração, com contratos de venda futura, preços e outras garantias.

Fonte: Revista Referência

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A importância das florestas


Desde que o mundo é mundo, e no Brasil não foi diferente, as florestas nativas vêm sendo exploradas indiscriminadamente pelo homem, por dois motivos fundamentais: primeiro, pela demanda crescente por madeira, e, segundo, pela crença de que os recursos naturais são inesgotáveis.

A natureza é finita, sim. E é aí que residem a atualidade e a importância das florestas plantadas como alternativa ecológica para o nosso planeta e o nosso país. Um país privilegiado, com enorme disponibilidade de luz solar, água e um solo onde, como já dizia Pero Vaz de Caminha, em se plantando, tudo dá.
Tão discutidas no passado, e hoje cada vez mais valorizadas, as florestas plantadas garantem a coexistência dos biomas naturais remanescentes.
Aproximadamente um terço da área pertencente às empresas florestais no país, como é o caso da Aracruz, é coberto e preservado somente com vegetação nativa, protegida na forma de reservas legais e áreas de preservação permanente.Intercaladas com os plantios comerciais, essas florestas permitem a comunicação, multiplicação e preservação de espécies da fauna e flora locais.
No Brasil, onde ainda existem 92 milhões de hectares de terras agricultáveis não utilizadas, as florestas plantadas com eucaliptos, pínus e outros tipos de árvore ocupam 5,7 milhões de hectares (60% deles destinados à eucaliptocultura), contra 61 milhões de hectares ocupados por outros cultivos agrícolas, como milho, soja, laranja e café. E nada menos que 220 milhões de hectares são ocupados por pastagens.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quando o eucalipto é um mau negócio


A tese de que a monocultura do eucalipto é prejudicial não apenas ao meio ambiente, mas também à questão social, foi sobejamente demonstrada em pesquisa do Incaper de Santa Maria de Jetibá realizada em 2002. Os números da pesquisa são impressionantes, como mostra matéria em destaque nesta edição.

Ambientalistas e cientistas vêm insistentemente denunciando esse fato. Mas nada como números para comprovar sua pertinência. Em última análise, a pesquisa mostra que o plantio de florestas para produção da celulose, além de degradar o solo, leva pobreza e desemprego ao pequeno agricultor, que já vive cercado pelos eucaliptais da Aracruz Celulose.

Veja o leitor este dado: na questão do emprego, os plantios de eucalipto geram apenas um posto de trabalho para cada 30 hectares, quando a produção familiar camponesa emprega um trabalhador por hectare, em média.

Mais preocupante ainda é a situação para a economia dos municípios capixabas que têm na agricultura o setor econômico predominante. Diz a Aracruz Celulose, tentando atrair pequenos produtores rurais para o seu programa de fomento florestal, que esse é um bom negócio para eles.

Não é. Substituir a cultura atual pelo plantio do eucalipto ocasiona mais desemprego e queda do poder de renda do trabalhador rural.

A pesquisa mostrou que o plantio do eucalipto dá prejuízo ao pequeno produtor rural, principalmente o de agricultura familiar, com propriedades de até 25 hectares para plantios. Um hectare empregado para produção de hortifrutigranjeiros rende R$ 12 mil por ano, enquanto um hectare plantado com eucalipto rende R$ 395 anualmente.

Como questionar esses dados? Impossível. A pesquisa estudou custos e preços de 24 produtos agrícolas, comparados com o eucalipto, numa planilha com custos de produção, valor de venda, rentabilidade da safra por ano, custo de produção por volume vendido, rentabilidade/dia de mão-de-obra, e rentabilidade de capital. Foram estudados de produtos como verduras, frutas, legumes e milho.

A pesquisa provou que os pequenos proprietários só têm a perder com o plantio de eucalipto. Com dez hectares plantados com o eucalipto, o proprietário terá um ganho anual de R$ 3.950,00, o que na prática não dá para família nenhuma sobreviver. Já a mesma área em produtos agrícolas daria um rendimento superior a R$ 100 mil anuais.

Trata-se, como se vê, de propaganda enganosa da multinacional. O plantio do eucalipto só é bom negócio para ela. Esta é uma verdade incontestável.